22/01/2007

Nem sempre o que parece é


O texto que segue é pura ficção, qualquer semelhança com a realidade é pura coincidência


Desde aquele dia do Impacto Frontal, Ela procurava-o insistentemente e Ele procurava-a ansiosamente.
Sempre à procura de uma cúmplice troca de olhares, ou apenas de palavras.
Aparentemente, a busca embora mútua era genuína e inocente. Pensavam eles.
E mais um dia, e mais umas horas de contemplação e mais meia dúzia de palavras e mais 2 ou 3 gargalhadas. Gestos que faziam o dia parecer mais preenchido, mas camuflado da verdadeira razão que os incitava à procura.
Era quase um vício diário, assim que os olhos dela batiam nele, desciam para a zona frontal, abaixo do queixo, mesmo ali junto à sua "maça de Adão". Mais uma gravata linda e deslumbrante!

Sim, o segredo é esse...
Ele, um coleccionador "invertebrado" de gravatas. Tinha-as às bolas, aos losangos, às riscas, lisas, cores vivas ou sóbrias. Desejoso de um carinho.
Ela, uma voyer destemida, sempre à procura de uma falha de combinação de cor ou padrão. Sedenta de atenção.

Ele, vaidoso por vocação, mostrava-se, Ela, atenta aos pormenores, via!

2 comentários:

Anónimo disse...

imagina se fosse eu o "invertebrado" de gravatas. é que as minhas gravatas foram todas adquiridas na boutique alcofa. rs

mim disse...

imagina.....