Isto de escrever contos eróticos é uma ideia que me surgiu já à algum tempo. Comecei por procurar imagens e, sem sequer seleccionar, já alguns "alinhavos" floresceram na imaginação. A forma como ele lhe percorria o corpo com as mãos, a maneira como os lábios dela sugavam os dele. Uma investida na parede, daquelas que a pressa nos deixa quase sem sentidos.
Mas o espírito criativo nao deixa passar para palavras as imagens que "voam" no cérebro. Mas porquê?- começo a ficar intrigada. Deve ser a mesma sensação quando o homem não consegue a erecção. Que frustração!
Tanta gente a escrever sobre sexo, carinho e arte de bem cavalgar e eu não sou capaz. Partilham a cama com o mundo!
E foi aqui que esbarrei! Sou egoísta, pronto!
Aquela intimidade, cumplicidade e o acto de saber dar é nossa. Minha e do meu parceiro. Não tenho que a partilhar com ninguém. Nem tãopouco me ajuda a melhorar a performance.
Afinal de contas, o objectivo deste blog não é subir audiências mas um arquivo de pensamentos e emoções da autora! E, hoje, não me apetece abrir para o povo. Quem sabe outro dia...
FOTO: Kate Cymmer
2 comentários:
É uma opção que só a ti diz respeito, apesar de um conto não ter necessáriamente que ser autobiográfico.
Tudo o que se escreve tem alguma percentagem de autobriografia.
Quanto maior for, mais realista se torna.
E quanto mais realista, mais interessante para o leitor que se apercebe da seriedade do texto/ideia/pensamento.
Portanto, há que deixar de ter fantasmas e ir em frente. Sem medo.
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