18/10/2008

Episódio de vidas

Sexta-feira, dia 17, pelas 13h15m, saio do trabalho, dirijo-me para a viatura para cumprir o ritual de quase todos os dias: ir à escola apanhar o miúdo.
Imperterivelmente, tenho que lá chegar às 13h20, porque senão encontro-o a rebolar com dores de barriga, gemendo que é um triste cheio de fome....
Penso com os meus botões, "humm... 5 minutos é curto para lá chegar, mas não apanhando muito trânsito e deus é grande..."
Ligo o rádio, descontraída da vida e no primeiro cruzamento, a viatura que é tão minha amiga, desfalece. Ups... tran..tran... e nada... calma Zé que isto vai.... tran..tran.. e nada de novo. O pânico e ansiedade começam a tomar conta de mim, e a meia dúzia de carros que à pouco me buzinava tinham desaparecido. O pânico aumenta e só penso como ir buscar aquele pobre miudo, esganado de fome? mas calma, primeiro tenho que arrumar o carro. Tento empurrá-lo para a berma mais próxima, mas... a falta que o ginásio me faz... a besta nem se mexia. Mas há sempre uma alma caridosa que me dá a mão. É nestas alturas que acho, acho não, acredito, que o meu anjinho protector é mesmo boa pessoa. Depois de ter conseguido que o trânsito não fosse mais interrompido por minha causa (não é que não goste, mas não é bem desta forma), tento ligar para o tlm do ganapo: trim..trim..trim.. nada. Epá, ficou em casa. Que grande estúpida que sou ao incentivar que o telemóvel se ficar em casa é melhor, porque não distrai nas aulas, não levanta cobiça pelos colegas, mas faz uma falta danada em situações limite.
Há que recorrer ao plano B, ligar ao progenitor para ir buscar o esfomeado. "epá, não estou na cidade e bla..bla.. sou capaz de chegar lá para o meio da tarde!". A minha tensão chegou à cota máxima. E o que faço?? Apanho um táxi e... Eis que a alma caridosa que me ajudou antes, voltou atrás e pergunta: é gasolina?! Acho que corei, mas em mim nunca se nota... é falta dela, sim. E a tal da alma começa a abanar o carro. "tente agora, a ver se pega?" E não é que quando dou à chave a coisa deu-se?! E aguentou-se até ao abastecimento ( ficaram 2 vermelhos para trás, mas a causa foi nobre).
Não é a primeira vez, nem será a última. Tenho esta mania, sei lá, de achar que conheço muito bem, a capacidade do depósito do meu carro. Mas o pior de tudo e depois de acalmar, penso que me desgastei seguramente 0,5 segundos de vida. Preciosos!
Com tanta desgraceira nesse mundo, tanto tristeza, não será a minha mania de testar depósitos de gasolina que me irá voltar a enervar.

3 comentários:

gir@f disse...

refila que eu me esqueço de regar as plantinhas e depois não dá de buber ao pópó
olha a latosa!!! ;)

Mr X disse...

E o puto, continuava esganado com fome?
Isso da gasolina no depósito, e desculpa-me ser sexista, é mesmo coisa de senhoras...
E não aprendem com as barracas. Nunca!
Lol

Anónimo disse...

Maf,
rsrss tu nao sabes que os opostos se atraem e as parecenças se chocam? rsrsrs

Mr.X,
sim, ele está quase sempre esganado de fome ( é do crescer). OK até concordo com o teu sexismo, tal e qual como os homens atirarem quase sempre as peugas para o chão, etc......